Plano de Aula

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Tema: Frações

Tempo estimado: 10 horas/aula

Público Alvo: 5ª série/6º ano

Conteúdos
Ø  Frações Equivalentes
Ø  Fração de um Número
Ø  Operações entre Frações (adição, subtração, multiplicação e divisão)

Competências e Habilidades
Ø  Saber obter frações equivalentes a uma fração dada
Ø  Saber comparar, por meio de um sinal de desigualdade, duas frações com denominadores diferentes
Ø  Calcular a fração de um número
Ø  Saber efetuar as quatro operações básicas entre duas ou mais frações

Justificativas
Ø  Os estudos iniciais de frações se restringem às análises de partes inteiras divididas em partes fracionadas, os objetos citados para o estudo sempre são: a pizza e a barra de chocolate. As operações entre frações exigem técnicas matemáticas na resolução, as quais precisam ser interpretadas, e não decoradas - como de praxe. 
As atividades propostas relacionadas às frações precisam ser trabalhadas em sala, pois objetivam o estudo e concretizam as técnicas de resolução, contribuindo para o entendimento contextual, desfazendo a ideia de que para aprender Matemática é preciso decorar. 


Objetivos
Ø  Desenvolver as competências leitora e escritora.
Ø  Compreender o significado dos termos numerador e denominador.
Ø  Usar a língua materna para representar frações e vice-versa.
Ø  Representar frações a partir de figuras.
Ø  Comparar e Ordenar frações.
Ø  Localizar números fracionários entre inteiros (uso da reta numérica).
Ø  Intercalar uma fração entre outras duas frações dadas.
Ø  Operar com frações.

Estratégias
Ø  Narrativas sobre frações e sua origem.
Ø  Vídeo-aula sobre frações.
Ø  Texto orientador sobre a relação entre frações e a língua materna.
Ø  Atividades e exercícios envolvendo equivalência de frações, comparações e operações.

Recursos Materiais e Tecnológicos
Ø  Cópia do texto “O Problema dos 35 Camelos” (retirado do livro “O Homem que Calculava” de Malba Tahan)
Ø  Cópia do texto “A História das Frações” (disponível na internet”)
Ø  Dicionário da Língua Portuguesa
Ø  Cartões com números fracionários
Ø  Calculadora
Ø  Atlas Geográfico
Ø  Livro didático de História
Ø  Data show
Ø  Computador com acesso à internet
Ø  Microfone

Desenvolvimento
1ª Etapa (duas aulas)
Ø  Exposição dialógica do tema como meio de retratar os conhecimentos prévios dos alunos.
Ø  Leitura coletiva do texto “A História das Frações” e construção do vocabulário a partir das palavras desconhecidas.
Ø  Uso de Atlas Geográfico para posicionar o aluno quanto à localização do Rio Nilo.
Ø  Uso de livro didático de História para entendimento do contexto histórico a que se refere a narrativa.
Ø  Finalizar a aula com o recurso de data show com a apresentação do vídeo “O Antigo Egito” encontrado nos links http://www.youtube.com/watch?v=kV-3iU5uOJo

A HISTÓRIA DAS FRAÇÕES

   
                                                      Fonte: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/hm/img02.jpg

Por volta do ano 3.000 a.C., um antigo faraó de nome Sesóstris... “... repartiu o solo do Egito às margens do rio Nilo entre seus habitantes. Se o rio levava qualquer parte do lote de um homem, o faraó mandava funcionários examinarem e determinarem por medida a extensão exata da perda.” Estas palavras foram escritas pelo historiador grego Heródoto, há cerca de 2.300 anos. O rio Nilo atravessa uma vasta planície. Uma vez por ano, na época das cheias, as águas do Nilo sobem muitos metros acima de seu leito normal, inundando uma vasta região ao longo de suas margens. Quando as águas baixam, deixam descobertas uma estreita faixa de terras férteis, prontas para o cultivo. Desde a Antiguidade, as águas do Nilo fertilizam os campos, beneficiando a agricultura do Egito. Foi nas terras férteis do vale deste rio que se desenvolveu a civilização egípcia. Cada metro de terra era precioso e tinha de ser muito bem cuidado. 
Sesóstris repartiu estas preciosas terras entre uns poucos agricultores privilegiados. Todos os anos, durante o mês de junho, o nível das águas do Nilo começava a subir. Era o início da inundação, que durava até setembro. Ao avançar sobre as margens, o rio derrubava as cercas de pedra que cada agricultor usava par marcar os limites do terreno de cada agricultor. Usavam cordas para fazer a medição. Havia uma unidade de medida assinada na própria corda. As pessoas encarregadas de medir esticavam a corda e verificavam quantas vezes aquela unidade de medida estava contida nos lados do terreno. Daí, serem conhecidas como estiradores de cordas. No entanto, por mais adequada que fosse a unidade de medida escolhida, dificilmente cabia um número inteiro de vezes no lados do terreno. Foi por essa razão que os egípcios criaram um novo tipo de número: o número fracionário. Para representar os números fracionários, usavam frações. 
Os egípcios interpretavam a fração somente como uma parte da unidade. Por isso, utilizavam apenas as frações unitárias, isto é, com numerador igual a 1. Para escrever as frações unitárias, colocavam um sinal oval alongado sobre o denominador. As outras frações eram expressas através de uma soma de frações de numerador 1. Os egípcios não colocavam o sinal de adição - + - entre as frações, porque os símbolos das operações ainda não tinham sido inventados. No sistema de numeração egípcio, os símbolos repetiam-se com muita frequência. Por isso, tanto os cálculos com números inteiros quanto aqueles que envolviam números fracionários eram muito complicados. Assim como os egípcios, outros povos também criaram o seu próprio sistema de numeração. Porém, na hora de efetuar os cálculos, em qualquer um dos sistemas empregados, as pessoas sempre esbarravam em alguma dificuldade. Apenas por volta do século III a.C. começou a se formar um sistema de numeração bem mais prático e eficiente do que os outros criados até então: o sistema de numeração romano.


          2ª Etapa (duas aulas)
Ø  Leitura coletiva do texto “O Problema dos 35 Camelos”
Ø  Uso do texto como situação-problema que leva a interpretação do problema, bem como a tentativa de resolvê-lo.
Ø  Usar símbolos matemáticos para representar as frações que aparecem no texto na forma de língua materna.
Ø  Usar questões que levem os alunos a fazer uma releitura do texto.
Ø  Finalizar a aula com o recurso de data show para apresentar o vídeo “O Homem que Calculava – O Problema dos 35 Camelos” encontrado no link

O PROBLEMA DOS 35 CAMELOS: UM ENIGMÁTICO PROBLEMA COM FRAÇÕES


Nesta passagem, Beremiz – o homem que calculava – e seu colega de jornada encontraram três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos.
Por entre pragas e impropérios gritavam, furiosos:
- Não pode ser!
- Isto é um roubo!
- Não aceito!
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
- Somos irmão – esclareceu o mais velho – e recebemos como heranças esses 35 camelos. Segundo vontade de nosso pai devo receber a metade, o meu irmão Hamed uma terça parte e o mais moço, Harin, deve receber apenas a nona parte do lote de camelos. Contudo, não sabemos como realizar a partilha, visto que a mesma não é exata.

- É muito simples – falou o Homem que Calculava. Encarrego-me de realizar, com justiça, a divisão se me permitirem que junte aos 35 camelos da herança este belo animal, pertencente a meu amigo de jornada, que nos trouxe até aqui.
E, assim foi feito.
- Agora – disse Beremiz – de posse dos 36 camelos, farei a divisão justa e exata.
Voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
- Deverias receber a metade de 35, ou seja, 17, 5. Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão.
E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
- E tu, deverias receber um terço de 35, isto é, 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, ou seja, 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transação.
Por fim, disse ao mais novo:
- Tu, segundo a vontade de teu pai, deverias receber a nona parte de 35, isto é, 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, ou seja, 4. Teu lucro foi igualmente notável.
E, concluiu com segurança e serenidade:
- Pela vantajosa divisão realizada, couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo, e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos, sobraram, portanto, dois. Um pertence a meu amigo de jornada. O outro, cabe por direito a mim, por ter resolvido, a contento de todos, o complicado problema da herança!
- Sois inteligente, ó Estrangeiro! – exclamou o mais velho dos irmãos. Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!

Este problema é baseado em uma passagem do livro “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan.


Após a leitura do texto os alunos deverão pensar nas questões abaixo e registrar no caderno fatos que considerem relevantes:
1.    Qual é a ideia principal do texto que apresenta o problema dos camelos?
2.    Releia o trecho do texto e descubra se a informação está correta.
 “Ele queria que uma herança de 35 camelos fosse dividida da seguinte forma: metade para o mais velho, um terço para o segundo, um nono para o caçula. Mas as divisões não chegam a números inteiros”. Verifique se a afirmação destacada está correta fazendo os cálculos.
3.    Qual a explicação matemática para a partilha realizada por Beremiz, de tal forma que além de conceder vantagens aos irmãos, ainda fez sobrar um camelo para si?

3ª Etapa (quatro aulas)
Ø  Levar os alunos ao laboratório de informática para simular a divisão dos camelos utilizando um material virtual formado por peças arrastáveis que se encontra nos seguintes endereços: http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/2011/camelo/

Ø  Organizar os alunos em grupos de acordo com o número de computadores disponíveis e passar as tarefas a serem desenvolvidas, que podem ser as relacionadas a seguir:
1.    Ler e interpretar o texto do problema. Passar o mouse sobre o botão (identificado por uma interrogação, na parte superior da tela).
2.    Separar os camelos por herdeiro.
3.    Responder às questões que aparecem no final do problema.
4.     Produzir um conto que envolva um problema parecido com o dos 35 camelos no qual as três pessoas precisem dividir os animais, mas usando outros critérios de divisão. Um personagem bom em matemática deve continuar levando vantagem.
5.    Digitar o conto e ilustrar com imagens que podem ser preparadas com imagens da internet, inclusive do objeto utilizado para resolver o problema.
6.    Fazer a apresentação do conto na aula seguinte de Matemática
7.    Enviar o conto para a professora de Língua Portuguesa, assinado por todos os componentes do grupo por e-mail, após a apresentação, da forma que cada grupo considerar conveniente.

Atividade complementar
Ø  Organizar os alunos em grupos de acordo com o número de computadores e solicitar que acessem o seguinte endereço, no qual existe uma grande variedade de matérias e de visualização de operações com frações.
http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/principal/fundamental/fracoes/index.html

4ª Etapa (duas aulas)
Avaliação
Ø  O aluno poderá ser avaliado no decorrer de toda a atividade, pois haverá registro das mesmas; em sua participação na investigação dos problemas propostos.
Ø  O aluno deverá ser capaz de representar, comunicar e se expressar, descrevendo as situações que surgem nos problemas propostos e estabelecer relações nas construções realizadas.
Ø  Uma prova para avaliar as habilidades em operar frações simples, habilidades em “traduzir enunciados em porcentagem” para frações ou decimais, reconhecer as diferentes formas da mesma fração.
Ø  Uma atividade para avaliar a compreensão da narrativa através de algumas perguntas sobre os fatos.  

Recuperação Contínua
Ø  Trabalhar exercícios que envolvam operações simples com decimais e frações. Usando a calculadora, ajudar o aluno a operar as frações com transformações para decimais, mais próximo do seu cotidiano e podendo usar o nosso sistema monetário que é decimal. As frações podem ser ensinadas depois que ele conseguir vencer esta etapa mais concreta que é o uso do dinheiro dia a dia.    

Produto Final
Em grupo, desenvolver as seguintes atividades:
Ø  Construção de um dominó fracionário.
Ø  Construção/Invenção de uma unidade de medida, de forma que seja um modelo para a classe.
Ø  Criação de poemas/poesias, com o auxílio do Professor de Língua Portuguesa, que falem do tema estudado e que possam apresentar os escritos num momento intitulado “Café com Poesia” para a comunidade escolar.
Ø  Criação e apresentação de uma paródia, onde alunos que tocam instrumentos musicais possam se apresentar na Escola.
Ø  Montagem de um telejornal, onde as notícias apresentarão conteúdos sobre a Matemática e o seu uso desde os tempos mais remotos.

Bibliografia
Ø  http://www.profcardy.com/cardicas/musical.php. Acesso em 16.06.2013 às 23h:00
Ø  http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/hm/page03.htm. Acesso em 17.06.2013 às 14h:00


Fabiana Costa de Oliveira

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